Após dois anos de incalculáveis prejuízos, o fantasma de seca volta a assombrar o semiárido mineiro, onde até o então caudaloso Rio São Francisco agoniza e assusta quem o vislumbra. No ano passado, 147 municípios decretaram situação de emergência e de calamidade pública junto à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/MG) por causa da seca. Entretanto, neste ano 77 entes municipais, sendo 55 do Norte de Minas, já recorreram à ajuda estadual, com os prefeitos e produtores rurais temendo danos e prejuízos ainda maiores com um terceiro ano consecutivo de seca. Isso significa 71% de todos os pedidos de 2013.
Além disso, 27 decretos de situação de emergência, 16 dos quais do Norte de Minas, ainda estão em vigor, segundo boletim divulgado pela Cedec/MG. Neste ano, a estiagem prolongada e as altas temperaturas têm causado grandes perdas na produção do agronegócio de Minas Gerais. Uma das regiões mais atingidas é o Norte do Estado, onde o problema da falta de água é histórico e tem se agravado nos últimos três anos. Somente na safra 2013/14, os prejuízos com a seca somam R$ 371,1 milhões na região, motivados pela queda de 77,5% na produção de grãos.
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