terça-feira, 1 de julho de 2014

Toxina Butolínica


É uma esperança a mais que eu ganho”. Foram com estas palavras que Tiago Augusto Pereira, de 27 anos, recebeu a primeira aplicação da toxina botulínica, substância utilizada para auxiliar no tratamento muscular, dando mais flexibilidade a quem teve os movimentos limitados.

Tiago é vítima de um acidente automobilístico acontecido em 2012, na região oeste da cidade. Ele encontrou, por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, o laboratório Ipsen e a APAE de Montes Claros, mais uma esperança na luta para recuperar o movimento das pernas.

A toxina botulínica tem se destacado em todo o mundo nos tratamentos musculares. Sua ação gera o relaxamento, dando mais força e flexibilidade ao músculo atrofiado, proporcionando um resultado mais eficaz no tratamento fisioterápico.

O medicamento agora é uma realidade no tratamento de saúde dos pacientes da APAE. A ideia é utilizá-lo, principalmente, em pessoas com paralisia cerebral. A toxina também vai estar disponível aos pacientes que são encaminhados pelo sistema municipal de saúde para a associação.

Pela parceria, o laboratório fornece o medicamento ao município por um preço muito abaixo do praticado pelo mercado. De R$1.800, o preço de cada frasco sai para por R$900 para o município, que cuida do transporte e armazenamento da toxina.

Na APAE é feita a triagem dos pacientes, utilizando toda a estrutura do local. Depois da triagem, os pacientes passam por uma avaliação neurológica que conta com um profissional fornecido pelo laboratório. A partir da aplicação, cabe à associação fazer o controle dos pacientes, bem como oferecer o atendimento fisioterápico.

“Nós já conhecemos todos os pacientes que são atendidos pela APAE e estamos fazendo a triagem priorizando os casos mais necessitados. Este tratamento é pioneiro, por isso a parceria coloca Montes Claros à frente de muitos locais no que diz respeito ao tratamento de pacientes que possuem paralisia cerebral e outras doenças de atrofiamento muscular”, explica o coordenador em saúde da APAE, Manoel Jean.

A estimativa é de que 130 aplicações passem a ser feitas mensalmente após o cadastro de todos os pacientes. Tiago, que recebeu a primeira dose, deve voltar daqui a três meses para receber mais uma aplicação da toxina. Para a mãe do rapaz, Wanda Mares Pereira, este tratamento trouxe novamente a esperança de o filho voltar a andar. “Fomos orientados sobre os resultados deste tratamento. O Tiago já mostrou uma evolução grande desde o acidente que teve. Agora eu ganhei novamente a certeza de que ele vai voltar a andar”, revelou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário